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  • Foto do escritorMarilene Simioni

Transtorno do Espectro Autista - (Síndrome Asperger)

Atualizado: 23 de set. de 2022


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é transtorno do neurodesenvolvimento infantil caracterizado por dificuldades na interação social, comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, podendo apresentar também sensibilidades sensoriais. Esses comportamentos muitas vezes se manifestam pelo interesse intenso e focalizado em um assunto em particular; com movimentos corporais estereotipados como agitar as mãos; e uma sensibilidade aumentada a sons ou texturas. A qualidade de vida de muitas crianças e adultos pode ser significativamente melhorada por um diagnóstico precoce e a indicação de tratamento.

A Síndrome de Asperger é um transtorno do espectro autista, que no CID 9 está classificada sob o número 299.8 (outros transtornos invasivos do desenvolvimento) e na CID 10 está classificada sob o número F84.5 e cuja a definição é de um transtorno que tem anormalidades quantitativas na interação social recíproca típicas do autismo, junto com um repertório de interesses restrito, estereotipado e repetitivo. A diferença entre a Síndrome de Asperger e o autismo primário é que não há atraso da linguagem e do desenvolvimento cognitivo. As dificuldades persistem pela adolescência e vida adulta. Características Cognitivas Segundo Lynda e Michael Thompson (2009), as principais características da Síndrome de Asperger são: 1) Fala pedante e falta de modulação da prosódia (entonação da fala); 2) Honestidade e interpretação literal da linguagem 3) Dificuldade em interpretar o tom de voz, linguagem corporal e expressões faciais; 4) Dificuldade em desengajar a atenção e mudar o foco de uma situação para outra; 5) Vocação para profissões que requeiram lógica e pensamento analítico e sequencial; 6) Relacionamento melhor com adultos do que com pessoas da própria idade; 7) Compartilhamento de sintomas com o TDAH, com déficit de atenção e funções executivas 8) Apresenta crises de raiva quando frustrado; 9) Falta de imitação de comportamentos sociais, interpretação inadequada das ações dos outros e falta de empatia; 10) Falta de compreensão intuitiva do que os outros estão pensando e sentindo; 11) Falta de compreensão das mudanças de contexto das situações sociais; 12) Rigidez, movimentos repetitivos e comportamentos compulsivos; 13) Isolamento das situações sociais, vítima de bullying e interesses restritos, muitas vezes, não compartilhados com as pessoas da mesma idade; 14) Dificuldades com atenção dividida e alternada, planejamento, organização e inibição dos impulsos; 15) Ansiedade e depressão.

Neurofeedback e Autismo Não é novidade para ninguém que vivemos atualmente em um período de intensas modificações e desenvolvimento tecnológico. Na área da saúde, esse avanço tecnológico tem possibilitado o surgimento de novos instrumentos que auxiliam tanto no diagnóstico quanto no tratamento de diversas doenças. O neurofeedback é uma dessas inovações tecnológicas que, apesar de não ser muito conhecida, constitui uma ferramenta promissora para minimizar alguns dos sintomas de várias desordens neurológicas, psiquiátricas, psicológicas e do desenvolvimento, incluindo o autismo. Treino cerebral - Neurofeedback e autismo Coben, Linden e Myres (2009), afirmam que através do Neurofeedback as pessoas aprendem a inibir padrões de ondas cerebrais que são produzidas de forma excessiva (gerando efeitos negativos), diminuindo ou aumentando essas freqüências alteradas (produzindo efeitos positivos). Esses efeitos negativos estão relacionados aos sintomas presentes nos diversos problemas neurológicos, psiquiátricos, psicológicos e do desenvolvimento. Os efeitos positivos, por outro lado, dizem respeito à sensação de bem-estar decorrentes da minimização dos sintomas. No caso do autismo especificamente, estudos apontam que o uso dessa tecnologia podem melhorar alguns dos sintomas. Alguns estudos: · Revisão da literatura feita por Coben, Linden e Myres (2009) – estudos realizados entre 1995 a 2005 com pacientes autistas indicam melhora nas habilidades atentivas, no comportamento motor, impulsividade, na socialização, comunicação, desempenho acadêmico/escolar e etc.(Livre tradução). · Thompson, Thompson e Reid (2009) – O estudo realizado com pessoas que possuem a Síndrome de Asperger demostrou que o neurofeedback produz efeitos positivos, na medida em que ajudam a diminuir os sintomas de dificuldade de atenção e ansiedade, além de melhorar habilidades acadêmicas, intelectuais e sociais. (Livre tradução). Sichel, Fehmi e Goldstein (1995) - Esse estudo de caso realizado com um menino autista de oito anos revelou que após várias sessões de neurofeedback, o mesmo demonstrou melhoras significativas na comunicação (apesar de sua verbalização continuar limitada); passou a expressar mais afeição e estabelecer contato visual; passou a atentar e reagir à presença dos outros; apresentou melhoras no sono; diminuição dos sintomas de ansiedade, dos comportamentos estereotipados e dores de cabeça. Ele também passou a participar mais de brincadeiras que usavam a imaginação Técnica de Neurofeedback para auxiliar na Reabilitação - Funções Executivas e Atencionais O HEG é recomendável para transtornos que afetam o lobo frontal,e pré frontal tais como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade , déficits organização, planejamento, rapidez de raciocínio, e controle emocional, transtorno de personalidade entre outros. Auxilia no equilibrio das Funções Executivas e atencionais. HEG: utilizado a faixa infravermelha NIR que é indolor e não invasiva.


Através de uma luz infravermelha que fica em uma faixa-sensor colocada no córtex pré-frontal do paciente, detectamos o deslocamento do fluxo sanguíneos nos capilares até gerar os disparos dos neurônios - região executiva do cérebro área esta responsável pela organização, planejamento, rapidez de raciocínio, atenção concentração, motivação controle emocional. Controle dos impulsos verbais e comportamentais e memória operacional.

Com o treinamento semanal podemos auxiliar ao paciente aprender a controlar esse deslocamento sanguíneos proporcionando melhor concentração, auxiliando no tratamento de TDAH (transtorno de déficits de atenção e hiperatividade), transtorno de ansiedade, dificuldade para aprendizagem, etc




Técnica de Reabilitação ABA para autistas ou transtorno invasivo do desenvolvimento.


A terapia ABA consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo ou transtornos invasivos do desenvolvimento se torne independente.


O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área da aprendizagem e é hoje considerado como o mais eficaz.


Reunimos uma equipe interdisciplinar de profissionais especializados nas áreas de Psicologia, Fonoaudiologia, com o objetivo acolher e contribuir para que crianças e adolescentes com TEA (Transtorno do Espectro Autista) se tornem indivíduos independentes, promovendo qualidade de vida ao núcleo familiar, com base em uma intervenção comprometida com a Análise de Comportamento Aplicada (ABA).


A Análise do Comportamento (AC) é uma disciplina científica que se enquadra no campo das ciências naturais, tal como a biologia

O comportamento e sua relação com o ambiente é o principal objeto de estudo. Possui um embasamento filosófico e teórico (Behaviorismo Radical), um campo experimental (Análise Experimental do Comportamento – AEC) e um campo aplicado (Análise do Comportamento Aplicado – ABA). Dessa forma, a partir do entrelaçamento desses três ramos, podemos dizer que as intervenções em Terapia ABA possuem rigor científico e são baseados em evidência uma vez que passaram pelo processo experimental e aplicado antes de serem utilizados no tratamento de pessoas com o diagnóstico de transtorno do espectro autista.


ABA é a abreviação para Applied Behavior Analysis. É conhecida também como Análise do Comportamento Aplicada. Muitos definem a aplicação de ABA para crianças autistas como “aprendizagem sem erro”.

Basicamente, o ABA trabalha no reforço dos comportamentos positivos. A academia nacional de ciências dos EUA, por exemplo, concluiu que o maior nº de estudos bem documentados se utilizou de métodos comportamentais.

Além disso, a Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidos, afirma que a terapia ABA é o único tratamento que possui evidência científica suficiente para ser considerado eficaz.

O que é “Aprendizagem sem erros”? O aprendizado sem erros envolve o alerta precoce e imediato do alvo, de modo que a resposta do paciente esteja correta. Essas instruções imediatas garantem o sucesso.

Uma vez que o paciente esteja familiarizado com o comportamento alvo, a solicitação é sistematicamente diminuída até que o paciente seja capaz de responder corretamente por conta própria. O uso da Análise Comportamental Aplicada voltada para o autismo baseia-se em diversos passos: Instruções iniciais e imediatas - Garantir sucesso - Avisos desaparecem com o tempo - Aluno capaz de responder por conta própria - Diminui a frustração e aumenta a motivação


A terapia ABA envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que a criança autista possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se os comportamentos interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo

1- Comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação funcional;

2- Comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática;

3- Atividades da vida diária como higiene pessoal.

4- A redução de comportamentos tais como agressões, estereotipias, autolesões, agressões verbais, e fugas

Durante o tratamento comportamental (ABA), habilidades geralmente são ensinadas em uma situação de um paciente com um terapeuta via a apresentação de uma instrução ou uma dica, com o terapeuta auxiliando a criança através de uma hierarquia de ajuda (chamada de aprendizagem sem erro). As oportunidades de aprendizagem são repetidas muitas vezes, até que a criança demonstre a habilidade sem erro em diversos ambientes e situações. A principal característica do tratamento ABA é o uso de consequências favoráveis ou positivas (reforçadoras).

Concluindo, a terapia ABA consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo ou transtornos invasivos do desenvolvimento se torne independente. O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área da aprendizagem e é hoje considerado como o mais eficaz.

Um dos benefícios do aprendizado sem erros é que diminui a frustração e o desânimo. Ao garantir que os pacientes respondam corretamente, especialmente durante a aquisição de uma nova habilidade, o aprendizado sem erros pode ajudar a aumentar a motivação e o prazer de aprender.


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